Desde sempre gostei de trabalhar no jardim. Não sei se está relacionado com as vivências que tive em criança e adolescente. Ou se fui mesmo jardineira numa outra vida (risos). Sempre me entreguei à jardinagem de corpo e alma. Ainda criança gostava de podar as roseiras, plantar jarros (uma das minhas flores favoritas), tratar dos amores-perfeitos, arranjar e limpar as dezenas de vasos que preenchiam as varandas e a entrada da casa, e regar. A rega era sempre o momento alto!
Eram tempos de oiro!

Também gostava de juntar as jarras mais elegantes lá de casa para fazer arranjos florais, quase sempre com muitos verdes, verdes intensos misturados com tons brancos, rosas, laranjas e amarelos de flores colhidas no jardim. Nada me incomodava, nem mesmo o barulho ensurdecedor da máquina de cortar relva. Gostava de passar a máquina e deixar um tapete fino e espesso de relva. E para trás ficava também um verde vivo e um cheiro fresco a relva acabada de cortar …

No entanto, a entrega à jardinagem esteve parada vários anos. Sim, o mundo urbano e a vida de cidade ‘roubaram-me’ este espaço, este tempo! Não havia a casa, não havia o jardim, não havia tempo … Haviam muitas outras coisas a fazer ‘barulho’ que se sobrepunham …
Atualmente, a viver em time off tenho dispensado muitas manhãs a jardinar e sinto que o tempo não se fez notar. Hoje foi uma dessas manhãs, manhã de oiro verde!

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