Estás numa cidade a investir em formação. Inicias por melhorar a língua, assistes a sessões de coaching, participas em meetings de marketing e empreendedorismo. Também vais olhando o mercado de trabalho (sim, era uma experiência que tinha âmbito profissional), passeias e mesmo assim tens tempo livre – O que fazer? -.

Na altura pensei logo que esse time off deveria ser ocupado com uma atividade que me desse flexibilidade, liberdade e sobretudo prazer! Porque não incorporar um programa de Voluntariado. Uma prática que não me era de todo estranha e que se encaixaria na perfeição naquela fase da vida. Procurei inscrever-me numa Organizações credível, e fi-lo! O objetivo era um programa estruturado de alguns meses, preferencialmente no âmbito da educação e a lidar com os mais pequenos. Pensei que seria fácil, afinal é um trabalho voluntário! ‘Vão chamar-me amanhã’ (foi o que pensei). Mas não foi nada disso.

Contactaram-me por email com um questionário de várias páginas. Depois foi feita verificação de ‘cadastro’. Seguiu-se entrevista/ reunião com a Organização responsável pelo programa. E o processo só ficou concluído com uma entrevista/ reunião com a Entidade beneficiária. Ufa! Sim, foi um processo de várias semanas e aborrecido. Não porque era o meu, mas porque são todos assim, têm regras, muitas regras! Sentindo-me cansada do programa mesmo antes de o iniciar, achei que devia ir, e fui! Fui chamada para dar apoio a uma escola pública em Kensington. Estive lá, numa sala de estudo/ biblioteca a ajudar alunos em trabalhos escolares durante várias semanas.

Gostei de os ver a apresentar (e defender) assuntos críticos da sociedade como se (já) fossem adultos qualificados para o tema. Mas também gostei, e muito, das horas dedicadas às artes – desenho e pintura -, e aqui fui eu a ‘descer’ ao patamar de criança. Foi um time off  feliz!

 

 

 

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