Assumidamente que o mundo das Obras não é para todos! As obras em casa, os trabalhos de criação e remodelação de espaços são ‘fiches’, são ‘positivos’, criam, desenvolvem e dão um novo movimento e uma nova Vida, mas por outro lado também exigem muito de nós (de mim exigem e exigiram, UFA).
As obras consomem tempo, consomem a ‘carteira’, e os neurónios (risos). E muito! E isto é assumido por quem sempre se considerou fã de design e decoração de espaços (interiores e exteriores), ao ponto de me lançar numa formação especializada no tema durante vários meses no Porto, na Lisbon School of Design. Algo que já tinha na agenda há anos. Done! Embora não pareça, isto de estar em time off, é estar permanentemente ocupado, quando o tempo está todo desocupado (risos).
Optei por estudar a produção de espaços interiores para uso turístico, um setor de atividade tão atual e tão relacionado com time(s) off. ‘Bora lá ajudar a criar espaços para acomodar turistas’, este era o mindset. ‘Vou gostar do curso porque reúne dois pilares que adoro, por um lado o design de interiores e por outro lado o turismo, o lazer, o time off‘ (risos). Não achei que sairia logo uma designer pronta para entrar e triunfar no mercado de interiores (risos), mas correu bem, muito bem.
Foram muitas e muitas horas de trabalho, que envolveram discussão, criatividade e um novo caminho a explorar. Percebi a essência do design, e design não é decoração, é mais, muito mais! Desafio superado. Mas o maior desafio estava para vir. Escolhi a casa MÃE, a casa dos pais como a casa ‘cobaia’ para por em prática algumas das técnicas e ideias. Sim, os primeiros ‘Clientes’ foram mesmo os pais (risos).
As obras em casa
As obras iniciaram num enquadramento de ‘é necessário um refresh’, e portanto de forma animada, mas leve. O entusiasmo era muito, e envolvia-nos a todos. Eu supostamente era a ‘designer‘, mas todos davam ideais, todos tinham sugestões e opiniões, sobre tudo e sobre nada. Todos, família! Mas em cada ideia (solução), um, talvez dez problemas. Sim, em pouco tempo aquilo que era um refresh passou para uma remodelação total. E portanto um verdadeiro caos durante várias semanas. Foi acampar dentro da própria casa, foi interromper os artistas constantemente (por tudo e por nada), e foi ver Obras, mesmo onde e quando não as havia, tipo há noite (risos).
Não fui a melhor, nem a verdadeira designer, mas tentei, e fiz por mim, DIY (do it yourself). Também não integrei a equipa de artistas (vontade não me faltou, risos), mas vivi e envolvi-me numa verdadeira aventura, que talvez não tenha terminado. Pois, é que entre os milhares de problemas que têm as obras, está o principal, – nunca terminam -!