Mudas de Vida, decides mudar mesmo. Entras naquele processo exigente e altamente consumidor do ‘cérebro’ (sim, chegas a ficar neurótica com o tema, risos), de tentar mudar só aquilo que está menos bem, aquilo que precisa de alguns ajustes, de decidir sem medos, mas quando tudo te assusta, te intimida!

Numa altura em que te sentes forte, segura, decidida a mudar, nada precisa de alguns ajustes, nada está menos bem. Porque está, esteve, tudo à flor da pele. É tudo levado ao extremo. E eu vi foi tudo a precisar de mudanças, tudo a precisar de grandes e radicais ajustes, e mesmo antes de achar que precisava de mudar de vida, senti que tinha de mudar os objetivos, os meus. Todos (uma exagerada, sempre, risos)! Não poderia manter os mesmos objetivos se queria um novo caminho, uma nova vida. Mas eu também não sabia bem o que queria …

Complexo! Caótico! Desafiante! Foi assim que vi e li o meu processo de mudança. Decidi largar a minha zona de conforto, para abraçar, sozinha e distante, uma outra zona, desconhecida, mas atraente. A mim atraía-me, atraiu-me. Quis ir para uma nova zona, para um novo contexto, para um novo enquadramento, quis novas emoções, novas realidades, diferentes das anteriores. Um processo cansativo, sim, e muito! E portanto o primeiro objetivo tornou-se claro, – descansar -, saber descansar. Só iria conseguir avançar se parasse para descansar. E em descanso, em time off, percebi que há muito para se desfrutar. E que se desfruta de outra forma, melhor. E portanto defini o segundo objetivo, – desfrutar -.

A descansar e desfrutar, percebi que também há sempre um jardim ali ou acolá a florir, há sempre um motivo para rir, para se – ser feliz -, o terceiro objetivo. Feliz, a desfrutar e em descanso consegui deixar ir aquilo que não era para ficar, pratiquei o – desapego -, e defini-o como quarto objetivo. Não foi fácil ficar distante, afastar-me fisicamente e emocionalmente do meu mundo, mas essa foi também a minha maior força, e deu-me a – segurança – necessária para avançar na vida.  E aquele que foi também o quinto objetivo.

Não sei se foram, ou se são, exatamente estes os cinco objectivos num processo de mudança. Ou se há sequer regras. Mas no meu têm sido. Num processo em que me aproximei muito mais da natureza. Comecei-a a ouvir, a sentir, muitas vezes até quis ficar. E não consigo contabilizar as inúmeras vezes em que tenho caminhado por lá, há procura não sei bem do quê (risos), mas com a certeza clara que tudo por ali é mais leve, mais fácil e mais natural. E assim é bem mais fácil mudar!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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