Em time off fui ‘forçada’, mesmo que por bons motivos, a estar ausente durante três páscoas daquela que é a melhor e mais singular celebração da época que conheço. Também não conheço muitas (risos). Sim, na Cumieira, localidade do concelho de Santa Marta de Penaguião, e a minha terra natal, a Páscoa é especial. Este ano não pude falhar. Fiz questão de estar, e fotografar. Sempre!

Gosto da tradição, gosto do ‘fogo’ (os foguetes são festa, são alegria, são Vida, …), gosto da época, gosto do sentido da fé, e do seu significado, gosto do envolvimento das pessoas e gosto de folar. Gosto muito (risos)! As casas estão arranjadas e prontas a receber a visita pascal, ‘é o Senhor na cruz’, ‘…, Jesus ressuscitou, aleluia, aleluia …’. A aldeia ganha mais cor, mais vida, mais movimento, e recebe gente, muita gente.

O dia de Páscoa

Na cama, ainda a dormir sou acordada pela alvorada de morteiros (os foguetes mais ruidosos que conheço). Era o habitual sinal que marcava, e ainda marca, o início da visita pascal. Talvez ainda não fossem oito horas da manhã. Não gostei de ser acordada tão cedo, mas gosteiiiii, e muito de os ouvir.  Boas memórias, era – Dia de Páscoa! Dia da ressurreição do Senhor! -. E, portanto dia de festa.

A visita pascal, feita casa a casa pelo compasso, é feita ao longo de todo o dia. São muitas casas a visitar, são muitas pessoas a querer beijar a cruz, e há sempre motivos para parar e celebrar. Além dos elementos do compasso, uns cinco ou seis, muito bem identificados pelas batinas brancas com contornos encarnados, estão também os ‘homens do fogo’. Sim, há sempre foguetes para lançar, casa sim, casa não. Faz parte da tradição. Tudo isto se mantém exatamente igual.

Durante a tarde a aldeia foi sendo ‘preenchida’ com lamparinas em várias ruas, e muitas casas, principalmente na ligação entre a capela e a igreja matriz (que estava mais bonita do que nunca), uma distância de cerca de 2 km entre as duas. Mais tarde, começava a noite a cair, e foi começar a acender cada uma delas, muitassssss. Tudo para iluminar a recolha do senhor. Não acendi muitas, mas ainda fiz a minha parte (risos).

A recolha

O compasso finalizou o dia na capela, e de lá, e em conjunto, os vários grupos de compasso, o senhor padre, a banda musical e muita gente rumou à igreja num percursoiluminado por centenas e centenas de lamparinas. Um percurso que foi sempre acompanhado por foguetes, muitos foguetes lançados de todo o lado. Depois, depois de já ter recolhido à igreja, e de lá, eu e grande parte das pessoas que acompanhou a recolha, muitas, assistimos a um fabuloso e magnífico fogo de artifício. A melhor forma de finalizar o dia, a Páscoa!

 

 

 

 

 

 

 

 

  

 

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