O time off Fátima prelongou-se para além da peregrinação. Fiz questão de ficar por lá até ao fim, dias 12 e 13 de maio. Fiquei até ao verdadeiro ADEUS, o difícil adeus, o dia em que apareceu na Cova da Iria brilhando a Virgem Maria. Não estava planeado, mas foi acertado.

Cheguei a Fátima, ao santuário, e senti que podia voltar a casa, a missão estava cumprida, tinha chegado onde queria, e espiritualmente não podia estar mais agradecida. Já não podia dizer o mesmo fisicamente (risos). Mas mesmo assim, e simultaneamente também senti que devia e podia ficar mais tempo por ali, pelo santuário, por Fátima. Ainda havia muita força física e mental, e havia ainda um espírito de equipa que nos unia, peregrinos, e fazia sentir que Fátima e a Nossa Senhora ainda tinha muito para nos dar. Para me dar. E teve!

As habituais e complexas dúvidas e decisões de quem vive em time off.  ‘Podia ir para casa, que já ía bem. Já tinha cumprido! Mas também gostava de ficar, queria agradecer a Nossa Senhora, queria viver as celebrações religiosas.’ Enfim, foram várias as ideias que me passaram na cabeça, mas rapidamente decidi – vou ficar -. Estava bem, muito bem ali.

O adeus

Fui até ao santuário várias vezes, a várias horas, e vi-o de várias perspectivas. Também fiz a queima das velas. Um exercício difícil e exigente, mesmo para mim, crente. É confuso atribuir um pedido, um tema a cada vela, ou um agradecimento, ou qualquer outro sentido. E com muitas velas, pode ser mesmo o caos.

A noite do dia 12 de maio foi iluminada por milhares de velas que preencheram todo o recinto de oração, numa inesquecível procissão de velas. Ali percebi que tinha que estar presente. A manhã do dia 13 de maio foi também no recinto do santuário, na Missa, e no difícil adeus a Nossa Senhora. Milhares e milhares de lenços brancos abanados ao alto lentamente ‘despediam-se’ da Virgem Maria. Gratificante, mas muito emocionante este ‘encerramento’, este adeus, este FIM da peregrinação até Fátima.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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