Na vila de Alcochete, fui até à Fundação Salinas do Samouco. O complexo centenário. Atualmente, o único ativo no Tejo, trabalha além da salicultura a conservação da natureza. A atividade salina, viva, procura perpetuar a memória de uma cultura e tradição que fez parte da história do concelho. Património sociocultural. Foram muitas famílias, foram várias gerações, durante anos, envolvidas diretamente ou indiretamente no ‘sal’. Com uma área de 360 hectares foi durante anos o principal produtor do país. A atividade de proteção e gestão ambiental está relacionada com a sua – natureza -. Ali, alimentam-se, refugiam-se e nidificam-se algumas dezenas de aves e outras espécies. Sim, as salinas são estruturas físicas muito importantes para as aves, pois proporcionam uma grande disponibilidade alimentar. Fui até lá, num time off ‘salgado’ com o melhor da fauna e da flora.
Chegar ao complexo, é chegar ao campo húmido no seu estado mais puro e selvagem. Mundo encantado. Ali, a mão do Homem foi e tem sido para trabalhar o sal. Só. Só, e tanto! É que a produção é ainda feita sobre os moldes mais artesanais, e portanto um trabalho de dedicação extrema e de muito sacrifício. De tal forma, que onde terão trabalhado várias centenas de pessoas, hoje, trabalham 3.
Andei por lá, nas salinas, e nos percursos pedestres que compõem todo o espaço. Gigante. Um passeio preenchido de agradáveis e expectáveis surpresas. A biodiversidade, rica, permite-nos a cada instante poder observar várias espécies. Destaque para os jovens e elegantes flamingos. Vi-os, ao longe, no seu habitat natural. Elegantes, bonitos. Vi-os e fotografei-os, como fiz em grande parte do passeio. Tudo é motivo para registar … Visite!