Conhecer e descobrir o mundo rural com património histórico, paisagístico, gastronómico, ou outra particularidade, como uma arte ou ofício, tem sido dos melhores time off. Há inúmeras aldeias, de norte a sul do país, que são identidades de Portugal, e que não podemos deixar cair no esquecimento. No nordeste transmontano, e no concelho de Mogadouro, fui até uma das suas aldeias mais típicas, e com património classificado mais concentrado. Fui até Azinhoso!

A visita

Fica próximo da vila, são cerca de 10 minutos de carro, e a conduzir devagar. Como se deve fazer sempre. Azinhoso, hoje, aldeia e freguesia, chegou a ser vila e sede de concelho no passado. Entre 1386 e inicio do séc. XIX. Chegou também a ter misericórdia e hospital.

O pelourinho, classificado como Imóvel de Interesse Público, juntamente com a Igreja Matriz,  também Imóvel de Interesse Público, e com uma arquitetura pouco comum, são o cartão de visita para quem chega. É ali o centro da aldeia! Foi lá que estacionei o carro quando cheguei.

Depois, foi passear pela rua principal, onde um conjunto de casas, algumas delas ainda com os seus traços originais servem de muro, de um lado e do outro, a quem passa. Algumas delas, habitadas, muitas delas, fechadas. É que atualmente vivem lá, permanentes, cerca de 100 pessoas. Em calceta tradicional portuguesa, atravessa a aldeia de um lado ao outro, e sensivelmente a meio cruza-se com os monumentos, o pelourinho e a igreja. A construção  da igreja remonta ao séc. XIII, momento de transição do românico para o gótico, por iniciativa dos templários. É visível a combinação de estilos arquitectónicos na sua estrutura. Visitei-a, como visitei o museu de arte sacra anexo, inaugurado em 1998. Um conjunto de peças diversas relacionadas com a religião. Gentes de fé!

Azinhoso é também ponto de passagem de um dos percursos pedestres do município, PR2 – Trilho do Monóptero -. Portanto, agora é voltar para cammmmminhar…

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