Da mais antiga fábrica de chapéus de São João da Madeira, conhecida entre as gentes da época pela “Fábrica Nova”, nasce, em 2005, o Museu da Chapelaria. Um espaço de justa homenagem às gentes que fizeram desta indústria uma das atividades mais importantes na história da região. Único na Península Ibérica, tem merecido vários prémios e distinções, entre eles, uma Menção Honrosa na categoria de Melhor Museu Português. Fui até lá, num time off de se lhe tirar o chapéu!

Visita

A exposição permanente é todo um espólio industrial resultante do encerramento de várias unidades fabris. Distribuída por três pisos, reúne peças e máquinas relacionadas com a industria da chapelaria. Em conjunto com painéis informativos e com os testemunhos de muitos ex-operários contam a história do incrível mundo mágico dos chapéus. Durante o percurso, há matérias-primas para ser vistas, tocadas,… sentidas. E porque os sons das máquinas e ferramentas fazem parte do mundo fabril, há a reprodução dos sons como se as mesmas estivessem a funcionar. Uma viagem guiada ao complexo e bonito processo de fabrico do chapéu, que termina na bancada de acabamentos. A última paragem antes de seguirem o seu destino. A venda na loja!

No âmbito de núcleos museológicos, o museu ”expõe” dois dos nomes que mais marcaram o passado da indústria, das terras e das gentes de São João da Madeira: i) o Comendador António José de Oliveira Júnior. O Empresário Visionário – a história do homem que fundou a Empresa Industrial de Chapelaria e a revolucionou, em 1914; e ii) Manoel Vieira Araújo. O Homem e o Empresário – a vida e obra do Presidente da Câmara que fundou a Viarco, única fábrica portuguesa de lápis.

A decorrer, e até 3 de maio, em exposição temporária, estava a maravilhosa coleção – 55 anos de chapéus de alta-costura de MARIANNE JONGKIND. Um conjunto de belíssimos e extravagantes chapéus e toucados de linhas elegantes e formas excentricamente volumosas e quase geométricas.

Visitar o museu da chapelaria é conhecer o passado da indústria do produto, mas também uma das identidades mais fortes dos SANJOANENSES, que levou (e leva!) Portugal além fronteiras …

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