Mesmo passando pouco tempo em Amed, fiquei com a sensação que estive lá um ano. Sim, um ano! Foram duas noites e não chegaram a três dias. Mas quando o corpo e a mente não descansam, é isso que acontece – perco anos de vida – . Só não estou velhinha (risos) porque talvez tenha sido a primeira vez que me aconteceu com esta dimensão.

Tudo correu bem, tudo estava bem, era tudo ‘do bem’, mas eu não estava lá muito bem (risos). Estava consciente que aqui estiquei demasiado a corda (too much aventura). Estava demasiado isolada de tudo, e era tão, mas tão seguro e tranquilo que acabava por me causar alguma desconfiança e insegurança. É que eu vivo no mundo real (risos). Óbvio que o dia de dizer adeus se manteve. Não havia qualquer razão para sair antes, afinal estava tudo bem (risos), mas não deixou de ser o dia!

Acordei uma hora antes do que tinha planeado, aliás levantei-me, porque acordada estive eu (quase) toda a noite. Já era bem dia, lá o dia começa muito cedo. A mala estava feita da noite anterior, a roupa do dia estava em cima duma cadeira pronta a vestir. Era só arrumar o pijama e alguns acessórios de higiene que ainda permaneciam na casa de banho e sair. Em 20 minutos fiquei pronta, pronta a rumar para outra paragem, e pronta a dizer adeus a uma que me tirou anos de vida (risos). Ainda tomei o pequeno almoço que o host não se importou de servir mais cedo. Sabia que de outra forma o iria perder. O bilhete de barco estava comprado, e eu não queria arriscar mais, queria muito dizer ADEUS (risos)!

Cheguei ao porto (um tipo porto) e esperei, esperei feliz da vida que o barco chegasse. Gostei de tudo, mas foi tão bom sentir que estava de despedida (alívio).

 

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