Pode ser pouco comum, mas de facto ainda há quem não tenha aquela loucura por doces em que pára tudo e pára o mundo! Eu dava-me ao luxo de deixar passar a validade de muitos doces e guloseimas lá em casa. (é que passavam-me completamente ao lado, mesmo!). No entanto, e mais uma vez com a idade (risos) este tema da relação com o açúcar tem-se vindo a alterar. Sim, agora já não deixo passar a validade, talvez não lhes dê hipótese de passar uma noite sem lhes tocar. 
Mas a marmelada foi desde sempre uma exceção. Desde muito miúda gostei do doce de marmelada. O cheiro que deixava na cozinha a marmelo apelava sempre a algumas (muitas, risos) colheradas de marmelada. Muitas vezes ainda bem quente. Sabia-me ao melhor doce do mundo. A marmelada barrada na broa, no trigo, e às vezes com queijo e outras combinações eram lanches e time off perfeitos. E a melhor sempre foi a caseira, a receita que já tinha várias gerações.  
Um domingo destes o doce chamou mais uma vez por mim. Em time off e com mais tempo fui eu mesmo que apanhei os marmelos. Depois, cheguei à cozinha, e lancei o desafio, ‘mãe vamos fazer marmelada?’. Está claro que a marmelada tinha que ter o dedo da mãe (talvez a mão toda, risos), e teve. Além de uma tarde de domingo de outono e com sol, estivemos rodeadas de açúcar e marmelos que cortamos aos pedaços (com a casca) para uma ‘panela’, deixando ferver cerca de 20 minutos. Depois foi só passar com a varinha mágica para homogeneizar o doce, que rapidamente se passou para umas tigelas, e nessa passagem foram várias as colheradas, ai foram (risos)! 
 

 

 

 

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