Tantas, mas tantas vezes colocamos (eu coloco!) um deadline, um prazo, uma data limite em planos, atividades, ou simplesmente em fases da vida. Faço isso em demasia, confesso. Claro que é bom para orientar e encaminhar, mas em excesso só ajuda a descontrolar (risos!). E foi isso que senti na minha passagem por Londres, mesmo que saudável, foi um descontrole total com o tempo!

É expectável que numa mudança radical de vida e num período em time off se passe uma fase tipo ‘completamente perdida’, ‘falta-me foco’, ‘não sei por onde iniciar’, ‘não sei bem o que quero’,  ‘isto está o verdadeiro caos’, ‘são muitos planos’,… Enfim, tudo aquilo que não é seguro, confortável, estável, rotineiro e programado se concentra para ajudar à festa (risos). Mas isso pode não ser mau, e muitas vezes não o é, mas é difícil de gerir (não está agendado, risos). Alta pressão!

Nas primeiras semanas em Londres estava cheia de energia. E saía muitas vezes só para passear, para fazer caminhadas, para participar em visitas a museus e outros espaços culturais. Nessas saídas também pensava, pensava muito no deadline, no prazo, na data limite que esta fase teria. Estava assumidamente num timing diferente, numa fase de mudança que previa, e queria, curta, mas não o foi! Não foi porque não o tinha que ser? Não foi porque eu não quis que fosse? Não foi porque não estava na agenda? O que foi, não sei, mas sei que há fases da vida que não têm tempo e, que mesmo em alta pressão, nos deixam saudades …

 

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