Nordeste Transmontano

Passar um time off a passear por um cantinho do nordeste transmontano – Torre de Moncorvo – foi o que me aconteceu recentemente. Num dia de outono de novembro seco, mas frio, muito frio! Ainda antes de chegar à simpática e acolhedora vila de Torre de Moncorvo, talvez a uns 10-15 km de distância apareciam já algumas indicações em direção à vila. Sinalizações importantes num enquadramento onde a probabilidade de me cruzar com alguém (o meu GPS favorito, risos), ou mesmo algum carro era reduzida. Sim, são viagens privadas com a natureza, que luxo! As sinalizações para a vila estavam dadas em sentidos opostos. No entanto, com uma pequena, e muito importante diferença. Num dos sinais, além de Torre de Moncorvo tinha descrito por baixo, a letra mais pequena – via panorâmica -.

Via panorâmica

Está claro, que não hesitei. Não quis saber se havia diferença na distância (também não tinha forma de o saber, não estava indicado, risos) e no tipo de percurso. Gosto de passeio, estava em time off, por isso só fez sentido ir – via panorâmica -. ‘Isto deve ter vista, deve ter paisagem, deve ser bonito para parar e apreciar, e , está claro, para tirar umas fotos’ (risos).

Não é um percurso muito longo, mas tornou-se… Quis parar muitas vezes, parei umas quatro, estava entusiasmada com o panorama. Foi a vista deslumbrante que me ia acompanhando do lado direito do carro que me obrigou a parar. Eram milhares de oliveiras, muito bem roladas e baixinhas por todo o lado. Milhares de amendoeiras junto às bermas da estrada e eram vinhas de perder de vista. Todo um cenário, todo um panorama distribuído na perfeição entre vales e montes, com o majestoso rio Douro a meio.

Depois, depois foi chegar à vila, dar uma volta a pé pelo centro histórico, passar pela praça do município, e parar no Património Municipal da Vila, a Igreja Matriz. Com cerca de 30 metros de altura é considerado o maior templo religioso de Trás-os-Montes. Fiz questão de entrar. Entrei e caminhei pelo espaço sem me sentar. Gostei, gostei muito da grandiosidade e riqueza da Igreja. Que dia em grande, que panorama super! Valeu Moncorvo!

 

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