1. Casa da Ínsua

A Casa, datada do séc. XVIII e bem marcada pelo estilo barroco, encontra-se convertida num hotel de charme de 5 estrelas, e integrou recentemente a prestigiada rede Paradores (uma seleção restrita de hotéis históricos de qualidade superior). O primeiro e único hotel fora de Espanha. Fui até lá!

Comecei pelo exterior. Pelos jardins. O meu mundo! Trabalhados e arranjados ao detalhe, numa espécie de mundo encantado da jardinagem. Depois passei pelo Núcleo Museológico, uma incrível e longa viagem ao passado que envolveu a Casa da Ínsua. Mas há mais para se encantar. Uma capela, salas interiores prontas a servir com o máximo requinte, e ainda a conservar muito dos seus traços originais. Lindas de morrer, como é o Dão.

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2. Pindo de Baixo

Casas com vida, casas fechadas, casas abandonadas, casas recuperadas, e casas em obras. Há sinais de futuro ali. Há quem queira voltar, há quem queira ficar, há quem não queira sair,… É o mundo rural no seu estado mais puro, é a calma e o sossego da vida de aldeia. Gosto tanto. São uma diversidade de cores e de sons associados a uma vida simples, natural, e com tempo. Sim, ali há mais tempo, e houve e há comunicação! Várias ‘caixas’ de correio sinalizadas em portas de cortes e outros anexos agrícolas. O correio do passado, que talvez volte no futuro …

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3. Trancozelos

Localizada a poucos minutos da vila, e sobre uma encosta, comecei a vê-la a partir do vale, ainda antes de chegar. Uma povoação colorida e concentrada. A igreja matriz muito bem definida a sobressair do aglomerado. Seria ali o centro da aldeia. Começo a subir em direção a Trancozelos e sou ‘forçada’ a parar. Parar e fotografar. Uma ponte medieval sobre o rio Dão datada do séc. XVIII. Que Monumento! Teria servido não só o Mosteiro do Santo Sepulcro, como várias povoações na vizinhança.

Continuei e parei no centro de Trancozelos. Um ‘encruzilhado’ feliz de quelhas e becos em torno da igreja. Casas e casinhas mais antigas e mais modernas. Circulei a pé, e interagi com dois locais – ‘já tivemos gente, mas saiu tudo’, ‘a escola já teve cheia, agora não há crianças’, ‘…é assim’ -.

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4. Sangemil

As Lages de Sangemil, sinalizadas na estrada, são um complexo turístico privado que fizeram renascer várias casas e casinhas em granito, para bem receber, e não só. São também uma forma bonita de perpetuar o passado daquelas gentes, e daquelas terras. Património cultural e histórico da região, e do país.

Localizadas num ponto superior da aldeia, distribuem-se de forma ‘leve’ pela encosta. Uma vista desafogada para o vale, vales, e para Penalva, a vila. Um enquadramento fantástico, uma luz única, e depois as portas, as janelas, os vasos, e uma dimensão que nos remete ao mundo encantado da vida de aldeia. Andei lá. De casa em casa, de porta, em porta. De eira, em eira. Sim, estão inseridas em grandes eiras onde noutros tempos se realizavam as desfolhadas.

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