Conhecer o ‘nosso’ Portugal é também conhecer muito das suas artes e ofícios. Há, de norte a sul, uma série diversificada de artesãos, artistas, que resistem aos novos tempos, e fazem questão de dar seguimento a trabalhos com um passado incrível. São anos e anos de criação de peças únicas. Maravilhas que não podemos deixar morrer! Estas 6 são algumas das mais autênticas, e das mais bonitas que já conheci:

1. Louça regional de Barcelos

E por lá, em várias peças, a marca, o carimbo – Portugal -. Bonito! Em todo o processo de fabrico destaque para isso, a escrita, e o desenho de pequenos elementos geométricos. O que mais gostei de ver. Quase todos associados a ramos, a galinhas, a peixes,…, ao mundo rural. Desenhados com engobe branco sobre o barro vermelho por mulheres (as pintadeiras) com uns objetos  incríveis (as marcadeiras). Tudo manual. Cada linha, cada elemento. Um incrível trabalho de precisão e de paciência, que torna cada peça única.

mais em: LOUÇA REGIONAL DE BARCELOS – JUNTO AOS ARTISTAS!

2. Filigrana de Gondomar

O território teve uma exploração mineira muito significativa, desde os povos pré-romanos. Tendo sido sempre associada a uma das regiões mais importantes da Ourivesaria Portuguesa. Associação que mantém, mesmo sem a exploração mineira de outros tempos. Hoje, algumas das maiores empresas portuguesas de joalharia e ourivesaria são gondomarenses. E eu fui conhecer um dos seus campos mais delicados, mais minuciosos, e mais artísticos. A Filigrana!

mais em: ROTA DA FILIGRANA, UMA ROTA DE OURO!

3. Brinquedos tradicionais da Trofa

Entre tambores, peões, carros e baloiços de fabrico artesanal, o Sr. Abílio. O artesão, o artista. Conversámos sobre aquele mundo encantador, sobre alguns dos brinquedos, sobre o que o inspira, sobre os eus clientes, sobre as visitas escolares que recebe frequentemente, sobre a presença em exposições permanentes a nível nacional e internacional, e ainda sobre os ‘novos’ brinquedos (aos quais não tem ‘medo’, aos quais não ‘cede’) … Que viagem incrível ao mundo da brincadeira, mais típica e mais autêntica.

mais em: ARTESANA – A ALEGRIA DA PEQUENADA, E NÃO SÓ!

4. Renda de bilros de Vila do Conde

A renda de bilros foi uma atividade que ajudou a complementar o rendimento familiar, proveniente em grande parte pelos homens que se dedicavam à pesca. Era assim que as mulheres, as rendilheiras, ‘viam’ e trabalhavam a renda de bilros. Sempre com o cuidado de a partilhar e passar de geração em geração. Não a deixando morrer. Um trabalho que foi reforçado com a abertura ao público, em 1991, do Museu das Rendas de Bilros.

mais em: ARTES – VISITA À MAIOR RENDA DE BILROS DO MUNDO!

5. Barro preto de Bisalhães, Vila Real

A UNESCO reconheceu que a Olaria de Bisalhães necessita de salvaguarda urgente, pois trata-se de uma atividade em vias de extinção. Reconheceu a Unesco e reconheci eu. Fui em time off a Bisalhães, uma localidade próxima a Vila Real onde o barro preto ganhou Vida e hoje ainda persiste trabalhado praticamente da mesma forma há várias dezenas de anos. Gosto de artes, gosto de artesanato, gosto de tradição, e gosto de estar próximo do processo. Quis acompanhar tudo. Que experiência!

mais em: BARRO PRETO DE BISALHÃES – UM DIA EM CHEIO COM O OLEIRO

6. Bordado de Tibaldinho, Mangualde

O bordado de Tibaldinho é Património Cultural e Imaterial do país, está registado! A sua confeção, caraterizada por um harmonioso bordado a branco, sobre pano branco, é um caso particular, e único, entre os bordados tradicionais portugueses. Representa um símbolo de identidade e orgulho para Tibaldinho, a localidade, e para o município de Mangualde. E eu fui até lá. Um time off a ver e perceber esta valiosa arte no ‘terreno’. Estive junto de quem sabe, uma das bordadeiras de Tibaldinho, a Cidália Rodrigues.

mais em: TIBALDINHO – O MUNDO BONITO DO BORDADO PATRIMÓNIO CULTURAL E IMATERIAL

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